A "obesidade" tem várias faces, várias definições e, também, várias consequências. Uma maneira mais simples de defini-la é pelo IMC (índice de massa corporal) que considera "sobrepeso" quem está acima de 25 Kg/m2 e "obeso" quem está acima de 30 Kg/m2.
Muito tem se falado sobre pandemia, então vamos falar da "pandemia da obesidade", que pode ser assim chamada e apenas 2% dessa população têm acesso ao tratamento. (R Wilson MD, 2021)
A obesidade causa problemas como hipertensão, diabetes, hepatopatia gordurosa/cirrose, doença cardiovascular, refluxo, apneia do sono e até morte. Além do estigma social, psicológico e impacto econômico relacionados.
Mas, como dito, o "sobrepeso" e a "obesidade" têm tratamento. Ele inclui orientações alimentares, atividades físicas, intervenções psico-comportamentais, medicamentos, balão intragástrico endoscópico e cirurgia bariátrica.
O primeiro passo é "você querer mudar seus hábitos, sua vida e, consequentemente, emagrecer". Para lhe auxiliar nisso, uma Nutricionista em conjunto com um Educador físico (personal trainer) devem ser procurados. Avaliação por profissional Psicólogo e Endocrinologista também são úteis, não só para o processo de mudanças de sua rotina, mas também para excluir ou tratar transtornos específicos que podem lhe atrapalhar nesse processo. Caso suspeite-se de problemas cardíacos ou respiratórios, recomenda-se avaliação por Cardiologista e/ou Pneumologista.
Boa parte das pessoas que se empenham nesse tratamento tem bons resultados. Caso estes não ocorram, existem opções que complementam, mas nunca substituem, o referido tratamento clínico da obesidade.
Um deles é o "balão endoscópico intra-gástrico", que pode auxiliar no processo de emagrecimento e está indicado quando: o paciente está sobrepeso (IMC acima de 27 Kg/m2); está super obeso (IMC acima de 50 Kg/m2), no preparo pré cirurgia bariátrica; quando não houve resultado significativo com as demais medidas e, principalmente, quando o próprio paciente opta pela inserção do balão.
A "cirurgia bariátrica" é uma técnica comprovadamente segura, com ótimos resultados e baixo risco de complicações (morbidade de 5 a 6% - p.ex. infeção, fístula, sangramento, obstrução, tromboembolismo, déficits nutricionais e Dumping - e mortalidade de 0,1 a 0,3%). Ela é feita quase sempre por videolaparoscopia (raramente há intercorrência intra-operatória que requer conversão para o corte) e, dentre várias técnicas descritas, utiliza-se mais frequentemente o Bypass gástrico ou a Gastrectomia vertical a Sleeve.
Para informações mais detalhadas, procure um profissional de confiança.
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