O que é Apendicite Aguda?
A apendicite aguda caracteriza-se pela inflamação e infecção do apêndice cecal, uma estrutura alongada (vermiforme) que se conecta a uma parte do intestino grosso chamada ceco e está localizado na parte inferior e à direita do abdome.
A obstrução do apêndice, seja por pequenos fragmentos de fezes endurecidas (fecalitos), inflamação do tecido linfático ou qualquer outro motivo, gera inflamação, proliferação de bactéria e infecção.
Apendicite aguda é a causa mais frequente de dor abdominal (“abdome agudo”) que demanda tratamento cirúrgico. Pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais comum entre os 10 e 30 anos de idade.
Quais são os sintomas da Apendicite Aguda?
O principal sintoma é dor abdominal. Ela geralmente se inicia na região epigástrica/mesogástrica (meio da barriga) nas primeiras 6 a 8 horas, acompanhada de náuseas e, eventualmente, vômitos. Horas depois, a dor se localiza na parte inferior do lado direito do abdome (fossa ilíaca direita), acompanhada por febre (chegando até 38°C) e perda de apetite.
O problema pode se restringir apenas ao órgão inflamado ou, em casos mais avançados, evoluir com sua ruptura, originando um abscesso ou até quadros graves de peritonite aguda e sepse.
Os sintomas mencionados ocorrem numa situação comum de apendicite, mas podem também ser manifestação de outras doenças. Por isso, a importância de se fazer diagnóstico diferencial com outros problemas, como: cálculo urinário, demais doenças do intestino, cistos ovarianos, infecção pélvica na mulher, etc.
Como é feito o diagnóstico de Apendicite Aguda?
Inicialmente, o diagnóstico é feito com base no quadro clínico relatado pelo paciente e exame físico realizado pelo médico. Se necessário, outros exames são feitos para confirmação:
Hemograma: a maioria dos pacientes com apendicite apresenta alterações, como leucocitose.
Exame de urina: também pode apresentar alterações, mas ajuda como diagnóstico diferencial com infecção urinária.
Exames de imagem: os mais usados são a ultrassonografia e a tomografia computadorizada do abdome. Estes exames mostram espessamento do apêndice e, eventualmente, presença de pus em sua volta.
Qual é o tratamento para a Apendicite Aguda?
O tratamento é cirúrgico e, na grande maioria dos casos, em caráter de urgência. A cirurgia pode ser realizada por incisão mediana, específica (na região inferior direita do abdome) ou por laparoscopia, a depender de circunstâncias avaliadas pelo cirurgião. Retira-se o apêndice (“apendicectomia”) e o envia para exame anatomopatológico. Devido à infecção associada, todos os pacientes devem receber antibióticos por períodos variáveis.
O tempo de internação varia de 1 a 2 dias, mas pode ser maior em casos mais graves e pode demandar até internação em UTI. Após a alta, o paciente deve esperar 2 a 3 meses para realizar atividades extenuantes, incluindo exercícios físicos. Deve-se fazer um retorno pós operatório e checar o resultado do exame histológico do apêndice.
Complicações da Apendicite Aguda
As complicações da apendicite aguda estão relacionadas, principalmente, com a sua perfuração (que ocorre em até um terço dos casos). Nesses casos, pus é liberado para outras partes do abdome, podendo causar peritonite (quadro grave).
As complicações relacionadas à cirurgia em si são: abscessos, deiscência (abertura) da ferida, fístula digestiva, pioflebite e trombose venosa portal, trombose venosa profunda.
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